Pop Art:
O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?

Há uma ironia nessa pergunta, que intitula a obra/colagem de Richard Hamilton (datada de 1956), a qual se tornou um paradigma do movimento da Pop ArtUm movimento que expõe a massificação (em larga escala) operada pela cultura popular alimentada (ou melhor, super alimentada) pelo capitalismo. Reproduções em série, cópias de cópias, ícones do consumo, símbolos que se sustentam na lógica do “produto”. Esses eram temas tomados lúdica e ironicamente por artistas como Roy Lichtenstein e Andy Warhol, nas décadas de 50 e 60 (principalmente na Inglaterra e nos Estados Unidos), para escancarar que da lógica do “produto”, do “mercado” (consumo), da “reprodução” nem a arte escapa. O que os artistas fazem, então, é se apropriarem desta lógica para escancará-la/denunciá-la.

Esta semana o Vestido de Letras será invadido pela Pop Art. Começamos apresentando a colagem de Richard Hamilton, marco do início do movimento em questão:

O que torna os lares de hoje tão >>> Richard Hamilton (1956)

O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?, Richard Hamilton (1956)

O que precisamos “colar” em nossos lares, em nossos corpos, para sermos pop? Dá uma olhada nos blogs (como este?), no facebook e no Instagram para você ter idéias. Parece que a lógica é a mesma…

Mais uma inspiração, para começar o papo… Uma obra de Roy Lichtenstein cujo traço – que envolve a estética dos cartoons, o uso de onomatopéias e de imagens de mulheres loiras, cabelos chanel – vive sendo reproduzido até os dias de hoje (é tendência). O interessante é que a reprodução é a chave do movimento, que visa escancarar o vazio que o capitalismo potencializa.

Sleeping girl, Roy Lichtenstein (1964)

Sleeping girl, Roy Lichtenstein (1964)

Esta é a entrada. Logo logo tem mais.

Boa semana!

Júlia