Pitty Braga:
moldura para o olhar

O movimento da Pop Art é marcado pela abundância de cores fortes, vivas, contrastantes. As moças (girls) de Roy Lichtenstein têm cabelos chanel, aparência de boneca. O artista deixou como traço característico de sua arte (pop) o emprego repetitivo de bolinhas, a apresentação de loiras de cabelos curtos, os grafismos, as onomatopeias explodindo na tela. Mas, se até o papa é pop, as morenas também podem ser. 

As obras de Roy Lichtenstein inspiram muitos por aí. A partir de um editorial da Vogue Japão clicado pelo fotógrafo Lacey, com maquiagem de Andrew Gallimore e styling de Beth Fenton, Pitty Braga fez uma produção (cabelo e maquiagem) com toques de Pop Art. Um vestido/enfeite para o rosto, que emoldura o olhar e faz com que realmente algo novo se produza no corpo através dos toques das mãos, dos pincéis, das cores… algo para além das aparências.

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mao

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costas

lateral

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O mais interessante de uma produção como esta é que ela é transitória. Tantos toques e retoques efêmeros. Mas algo resta no corpo, no olhar.

Seguem dados para contato da Pitty Braga:

Pitty Braga – Cabelo e Maquiagem
Facebook – Pitty Braga (clique aí!)
Instagran – pittybraga
email- pittybraga@live.com
Salão Jacques Janine – BH 
Rio Grande do Sul, 1280, Lourdes
33373337

Abraços,

Júlia

O traço de Pitty Braga

Pediu que  vestisse de uma fantasia. Ondas negras e pontiagudas sobre os olhos, cabelos com volume e momentos, um outro tempo, a delicadeza amarrada à força. Aquela que a reveste conseguiu levá-la lá. Está aí o resultado:

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 Outra possibilidade da mesma proposta (cabelo parcialmente solto):

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Este maxi-delineador é um encanto. Para que tirar?

Pitty consegue deixar um traço assim: firme, lindo. Nem preciso ficar falando muito, não é?!

Seguem dados para contato com a Pitty:

Pitty Braga – Cabelo e Maquiagem
Facebook – Pitty Braga (clique aí!)
Instagran – pittybraga
email- pittybraga@live.com
Salão Jacques Janine – BH 
Rio Grande do Sul, 1280, Lourdes
33373337

 

Abraços calorosos,

Júlia

Tempo de Moda no Vestido de Letras:
Olivia Palito forever

Preto, branco e vermelho. Eu poderia me vestir assim todos os dias (já abordei essa mistura aqui). É a combinação que mais encontra lugar em meu corpo. Por quê? Não sei. O toque navy (estilo marinheiro) é lindo. E a Olívia Palito faz parte das primeiras figuras com as quais convivi na infância. Sempre admirei a elegância dela. Confesso que há uma facilidade e praticidade em apostar em uma combinação que se sabe que funciona (pelo menos para os seus olhos). Mas a mistura nem é tão fácil porque o limite entre uma produção interessante e elegante e uma produção muito infantil é tênue. Neste sentido, a escolha de peças com formatos mais clássicos oferece certa segurança. E prefiro quando o vermelho aparece nos acessórios – como pontos de cor – especialmente nos pés.

Desta vez me inspirei em looks já criados para montar minha produção do dia no Tempo de Moda. Resolvi que o vermelho apareceria nos pés e escolhi este sapato lindo (mistura de boneca com scarpin). Achei o modelo dos mais acertados que já vi (um dia ainda terei um desses sapatinhos vermelhos). Shorts porque os raios de sol esquentam nosso belo horizonte repleto de lindos ipês (maravilha). Mistura de preto e branco. Pronto! Para a brisa da noite, meia calça e lenço no pescoço (quem sabe em tom caramelo, como em uma das fotos-inspiração). Adorei a combinação!!!

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Imagens que inspiraram a composição:

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Vocês já brincaram de compor looks no Tempo de Moda? Recomendo o exercício!

Beijos,

Júlia

Tempo de Moda
no Vestido de Letras

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A produção de hoje foi criada com base na previsão do tempo – como sempre acontece no Tempo de Moda – e inspirada em um videoclipe do Washed Out que uma querida amiga (Luisa Horta) me apresentou. O clipe é repleto de flores coloridas, assim como este vestido florido que fisgou meus olhos desde a primeira vez que o vi, em uma vitrine. Coloquei o vestido duplicado porque entrei na onda meio psicodelic-India do clipe. 🙂

Acho interessante peças com fundo preto e estampas florais vibrantes. Este tipo de combinação/estampa tem aparecido muito em editoriais e desfiles pelo mundo afora. Quanto ao coturno, considero uma peça chave (com meia calça preta fica super charmoso). Contrastando com outras peças que têm um “cheirinho” mais romântico (ou não), conferem uma força e um peso legais às produções. Como gosto de peças mais delicadas, vez ou outra acrescento uma bota deste tipo para sair do romantismo meloso, do mamão com açúcar, do visual boa moça. O cinto eu acrescentei como uma aposta. Teria que testar se fica bem no corpo, sobreposto ao vestido que tem desenhos tão grandes na estampa. Mas acho que vestidos deste tipo pedem um cinto na cintura alta, para marcar e dividir a silhueta (pelo menos no caso de quem se assemelha mais a um retângulo ou triângulo, como eu). Como o cinto que escolhi tem uma fivela com formato mais clássico,  pode “bater” de uma forma legal com o coturno. Cabelo preso, batom, um pouco de lápis de olho e rímel. Pronto, fui!

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Recomendo irem ao site Tempo de Moda (parceiro do Vestido de Letras) criarem vocês mesmos. Há várias peças disponíveis e vocês podem montar suas galerias de fotos, que podem servir de painel de inspirações no dia-a-dia. Além disso, muitas peças estão em promoção, com preços bons. Recomendo.

Beijinhos,

Júlia

Ei, aumenta o volume! Baptiste nele!

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Uma pausa para uma dica. Descobri um truquezinho precioso e quero  compartilhar com vocês. É ótimo encontrar caminhos mais curtos e interessantes para os cuidados com os cabelos. A cada dia surgem produtos e ofertas novas no mercado, mas nunca uma forma de garantir mais tempo e dimdim para investirmos nas tecnologias “milagrosas”. No fim das contas, os cabelos em propagandas são sempre mais sedosos e esvoaçantes do que os nossos, trabalhadoras do Brasil.

Neste post contei que estava aplicando talco Johnson & Johnson (é isso mesmo, tal-co) nos cabelos para torná-los mais volumosos e a fim de tirar o aspecto oleoso da juba nos dias de muita correria e/ou de muito calor. O talco é muito eficaz. Pontos positivos: o cabelo ganha um efeito matte (fica mais opaco), os fios ficam soltos e com uma textura perfeita para serem presos e até moldados em penteados de diva, à la Brigitte Bardot ou Amy Winehouse. Ou seja: viva o talco! Ponto negativo: resseca e embola bastante o cabelo. Enfim, é preferível usar o talco apenas quando se quer armar as medeixas (casos como o de Amy, buscar outras opções). Nos outros dias vale a pena usar o shampoo a seco Baptiste. É esta a dica do dia. Este shampoo a seco é o melhor que está tendo! Basta borrifá-lo a 30 cm de distância dos cabelos, massagear o couro cabeludo com os dedos e pronto. Tá pronta. Coloquei um vídeo aí em baixo para vocês visualizarem. Ele está disponível em várias versões. Já experimentei o Original e o Blush. Achei legal haver um específico para cabelos castanhos. Os cheirinhos são deliciosos.

Comprei na Lojas Rede (clique aí), por R$16,99 (mais taxa de entrega). Chegou rapidinho. Dizem que ele pode ser encontrado no SuperNosso do Sion, em Belo Horizonte.

Vocês gostam desse tipo de dica? Quero saber a opinião de vocês.

Beijos,

Júlia

Inspiração:
Afterdrk

O estilo que cada corpo imprime no mundo reflete o modo como cada sujeito lida com seu desejo. Cheguei a esta conclusão através de minha própria análise  – pois meu estilo foi mudando ao longo do processo – e, também, viajando por blogs oriundos de diferentes partes do mundo. Percebo que as blogueiras de países nórdicos – tais como Holanda, Dinamarca, Finlândia, dentre outros – têm uma destreza impressionante para criar produções ousadas, sofisticadas e simples, tudo ao mesmo tempo. Sem afetações – e com um refinamento preciso e precioso em cada detalhe. Costumam optar por cores mais sóbrias e neutras – influenciadas pelo clima, talvez – e investem na experimentação das texturas dos tecidos, dos volumes que podem ser gerados e no caimento das peças. Na escolha dos acessórios, são primorosas: as peças são diferenciadas e resignificam a composição. Admiro muito essa combinação de habilidades e este investimento nos detalhes de forma sutil, valorizando a delicadeza. Isso envolve uma atenção aos grãos – que a escrita também implica. Trabalho em ponto de letra, preto, branco e muito mais.

www.afterdrk.com

www.afterdrk.com

Um dos blogs que seguem essa linha – e talvez um dos primeiros que eu tenha começado a seguir em minhas pesquisas – é o Afterdrk, da holandesa Sabrina Meijer. Ela afirma ter criado o blog (em 2009), com a intenção de atrair pessoas ávidas por idéias ligadas a moda e que apreciam a simplicidade associada a toques de ousadia. Sabrina traz algo singular ao cenário. Ela cria um efeito boyish (masculinizado) em suas produções, pegando várias peças emprestadas do guarda-roupas do namorado. Tem uma feminilidade explícita, mas cria um contra-ponto interessante. Surgem pontos de vibração, cor e requinte em meio a peças clássicas, de corte simétrico. Alterna entre delicados sapatos de salto, tênis e chinelos mais arrojados. Enfim, onde você menos espera surge uma deliciosa surpresinha.

www.afterdrk.com

www.afterdrk.com

www.afterdrk.com

www.afterdrk.com

www.afterdrk.com

www.afterdrk.com

www.afterdrk.com

www.afterdrk.com

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www.afterdrk.com

www.afterdrk.com

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E vocês, que efeitos têm criado no mundo?

A inspiração serve para tomar fôlego, mas o que um corpo expira é sempre algo único. No fim das contas, cada um fala uma língua, seja aqui ou acolá. A riqueza está em buscar captar letras dessa língua, traduzir, transpor, criar sempre uma língua nova.

Beijos,

Júlia

Look do Dia na Pintura:
azul

Two Little Girls with Robbons, Tamara de Lempicka (1925)

Two Little Girls with Robbons, Tamara de Lempicka (1925)

A pintora polaca Tamara de Lempicka (1898-1980) vai aparecer bastante por aqui. Estou encantada com sua obra. A pintora conseguiu criar um estilo único e ousado em vários sentidos. Na pintura, expressou-se de forma tão singular, que críticos de sua obra criaram uma expressão para descreverem seu estilo: “cubismo suave”. Seu trabalho se aproxima dos princípios artísticos do movimento art déco. Na vida pública, foi uma figura polêmica. Nascida na high society polonesa e registrada com o nome Maria Górska (sim, ela resolveu mudar de nome após enfrentar as intempéries da Revolução Russa de 1917!), estudou em colégio interno na Suiça e mais tarde foi viver com seu marido em Paris. Lá, conviveu com figuras como Picasso e deu o que falar. Bela e formosa, tinha relacionamentos extraconjugais com homens e mulheres. A ousadia desta mulher reflete-se em seus trabalhos, sendo que alguns deles vocês verão comigo, aqui no blog. Ela pinta as roupas de uma forma muito detalhada, usando cores vivas.

Trago hoje estas duas meninas com laços e roupas azuis (all blue) para enfeitarem a cena. O volume das peças (vestidos e laços) me impressionam. Os laços são um ornamento. As peças são bem estruturadas, volumosas e criam um interessante efeito de luz e sombra. Os tons de azul são marcantes e criam um contraste interessante com o pano estampado com flores, que serve de fundo para os rostos das meninas. Os gestos das modelos são interessantes: a colocação das pernas, das mãos, das cabeças, seus olhares. Isto tudo faz parte de uma bela composição de cena. Uma super produção de moda! Uma roupa não deve caminhar sozinha, ela precisa ser preenchida e encantada por um corpo, que sempre se expressará de forma singular. Esta pintura (linda!) me remeteu a uma produção de Miroslava Duma, a qual considero uma mulher-menina-boneca. Veja, abaixo:

Miroslava Duma

Miroslava Duma

O azul é uma cor que consegue conferir luz e vida ao corpo, destacando a figura. Se constrastado com cores  neutras, pode gerar  produções elegantes e marcantes, como esta outra, de Miroslava Duma:

Miroslava Duma

Miroslava Duma

Betty Autier, do Le Blog de Betty,  cria looks ousados, com uma pitada de extravagância e usualmente lança mão do azul:

www.leblogdebetty.com

www.leblogdebetty.com

Luisa Accorsi, do Sonhos de Crepomconsegue aplicar a cor (em  tons bem fortes) com elegância e delicadeza:

http://sonhosdecrepom.mtv.uol.com.br/

http://sonhosdecrepom.mtv.uol.com.br/

Natti Vozza, autora do Glam4u mistura texturas e, neste caso, cria uma combinação quase monocromática com efeitos-surpresa graças aos acessórios:

www.glam4u.com

www.glam4u.com

Por fim, Thássia Naves, do Blog da Thassia, colore de azul a base da roupa e da foto e brinca com os tons dos adereços. A produção resulta leve:

www.blogdathassia.com.br

www.blogdathassia.com.br

O azul pode ser leve e alegre, no sentido contrário da expressão I’m blue.

No inverno – recém chegado – alegra o olhar e o dia.

Beijos,

Júlia

Para que seja eterno enquanto dure

sunlace“Marina, morena Marina, você se pintou… Marina você faça tudo, mas faça o favor. Não pinte este rosto que eu gosto, que eu gosto e que é só meu. Marina você já é bonita com o que Deus lhe deu”. Desde criança escuto esta música e não consigo entender por que este homem pede para a mulher/menina não se pintar. Um pedido destes não há de ser atendido. Quem quer se pintar que o faça! Para manter a maquiagem dos olhos intocada pelo passar das horas ou pelo efeito estufa, recomendo o uso do Primer da Sunlace. Uso e recomendo. Trata-se de um produto 3 em 1: é protetor solar de FPS 55 e proteção UVA+++ e UVB; uniformiza a textura da pele , disfarça as manchas e ajuda a fixar os pigmentos da maquiagem. Quando nos pintamos, queremos que a maquiagem seja eterna enquanto dure, não é?! Então vai nesta! Vocês podem encontrá-lo aqui.

Look do dia com Arte:
dar corpo à cor com Hélio Oiticica

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Hélio Oiticica, Invenção da cor, Penetrável Magic Square # 5, De Luxe, 1977, foto: Carol Reis

Hélio Oiticica, Invenção da cor, Penetrável Magic Square # 5, 1977. Foto: Carol Reis

Da tela que abriga a pintura para o espaço do Museu do Inhotim, vamos ao encontro de uma obra instigante e penetrável: Invenção da cor, Penetrável Magic Square #5, do (anti)artista carioca Hélio Oiticica (1937-1980). O labirindo colorido, incrustado na paisagem e a ela misturado, é um convite ao corpo. “Venha”, escuto. E vou. Com o corpo em movimento, vários sentidos são convocados pela ativa participação na obra: o olhar, o tato, a audição… a percepção, enfim. A cada quina, uma outra perspectiva, outras sensações, outra composição formada pelas misturas de paredes, cores, frestas, materiais. O olhar ali são vários… em mutação. O chão é de pedras e produz sons que variam de acordo com a movimentação de cada corpo e a ação variável do vento. O corpo se mistura à paisagem e torna-se parte da obra. Sorrisos vêm a tona. A cor ganha corpo, o corpo ganha cor. Trago as bolinhas (pois), que tanto adoro, para esta brincadeira. Gosto do modo como os pequenos círculos (em vermelho e branco) da estampa da blusa se destacam  das linhas de Oiticica. O preto – cor base da produção – impede que eu me funda completamente ao magic square. A bolsa não é tão lúdica pois o dia era, também, de trabalho. Nos pés, o corforto dos clássicos, que, neste dia, tocaram o contemporâneo.

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Blusa: Kinca/Shorts: Luisa Accorsi/Bolsa: Lenny e Cia/Sapatos: Arezzo

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                               Fotografia: Pedro Aspahan

Esta obra de Oiticica estabelece relação tanto com a arquitetura quanto com a natureza. Acho isso incrível e potente!

Recomendo fortemente uma visita ao Inhotim. O museu possui um acervo de cerca de 500 obras, com foco na arte contemporânea. Os jardins do museu – onde se encontram muitas das obras – são preciosos. O Inhotim localizado bem pertinho de Belo Horizonte, em Brumadinho. O endereço: Rua B, 20, Inhotim  Brumadinho – MG, 35460-000, Brasil, Tel: +55 31 3571-9700.

E, pegando o embalo, uma pequena digressão: Hélio Oiticica era militante da causa gay. Já que estamos falando de cores e beleza – mas em tempos de fortalecimento de ideais da direita e da disseminação de discursos totalitários e repressores – coloco-me aqui a favor da liberdade de expressão sexual e da manifestação da diversidade de gênero para todos os sujeitos. Este discurso de que homossexualidade é doença soa como uma defesa contra a feminilidade com a qual todos nós – falantes – temos que lidar. Se é pra lidar com isso, melhor que seja com cores, flores, letras.

Beijos e até logo!

Júlia

Look do dia da Pintura:
a bailarina e o gato

Ballerina with a black cat, Pierre Carrierre Beleuse

Ballerina with a black cat, Pierre Carrier-Belleuse (1851-1933)

O gato, este ser esguio, elegante e preciso em cada mínimo gesto, nos conduz, delicadamente, à bailarina, outro ser dotado dessas admiráveis qualidades. O gato e a bailarina se aproximam por semelhança e compõe um quadro de Pierre Carrier-Belleuse, pintor francês que se dedicava a retratar a delicadeza dos corpos das jovens dançarinas. Nesta obra, o olhar do gato e o da moça se assemelham, bem como seus corpos delicadamente relaxados e precisamente posicionados. O contraste aparece entre a cor do vestido – em tom rosa claro, salmonado, com pitadas de branco – e o pêlo escuro do animal. O tule – marca clássica do balé – forma uma moldura em torno dos corpos. A sapatilha está lá, magestosa, em destaque.

A figura da bailarina condensa tantos sonhos, significados, enigmas, tanta beleza, tanto imaginário, que diversos pintores se dedicaram a representá-las (ver as bailarinas de Dégas). Como afirma Chico Buarque, “só a bailarina que não tem…” todas as agruras do mundo. A bailarina só tem leveza, destreza, beleza. A bailarina veste-se impecavelmente e sustenta como ninguém seu corpo e os adornos que o envolvem. A bailarina não pode ser um ser vivo como os outros. Como ela rodopiaria tão rapidamente e cairia justamente no mesmo ponto, se humana fosse? Qual é o seu segredo? É, a bailarina não deve ser gente como a gente. Pelo menos se vista de longe. De longe, mas em nós, pois ela gira pelas nossas fantasias. Quem sabe seja uma letra a bailarina. Uma letra que, em movimento, produz encanto e alimenta o ideal. Abaixo, algumas idéias de como se vestir desta letra-bailarina.

Chloé, Verão 2011

Chloé, Verão 2011

Dior, Outono/Inverno 2012/13

Dior, Outono/Inverno 2012/13

Chanel, Verão 2011

Chanel, Verão 2011

Chloé, Verão 2011

Chloé, Verão 2011

Maria Bonita Extra, Inverno 2011

Maria Bonita Extra, Inverno 2011

Cavalera, Primavera-Verão 2010/11

Cavalera, Primavera-Verão 2010/11

Observação: não precisa ficar tão rígida quanto as bailarinas. Pode dar uma requebrada.

Voa, voa, letra-bailarina!

Bom dia para vocês!

Quero saber o que vocês estão achando do blog. Bjins